sexta-feira, 6 de março de 2009

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Ela virou-se e seguiu em frente. Não era ainda aquilo que procurava e mesmo que fosse, poderia sempre encontrá-lo mais tarde. Apesar de - e ela sabia-o - poder dar-lhe mais trabalho do que realmente queria, desta vez era merecido e ainda valia algum esforço. Não demasiado, pois não é destas pequenas coisas que se faz o que ela realmente queria fazer - e ela sabia-o. Mas sentia-se capaz, confiante. Sobretudo porque decidiu guardá-lo para ela, aprendendo com erros do passado. Sentia a necessidade de algo que marcasse esta vez, que fosse realmente diferente e que a exprimisse. Mais ainda, que apagasse a memória das tentativas anteriores que lhe lembravam frequentemente o quão perto esteve de desistir. Apesar de todos lhe dizerem - ainda que todos, na realidade, não fossem todos, mas ela entendia ou procurava entender que eram - que ela seria capaz, que não era assim tão difícil e que o pior era o primeiro passo. E que ela estaria mesmo perto de o dar.
Mas não seria, pensou-o, com o pincel que tinha visto que essa diferença ia aparecer. O que estava em causa não era o objecto, mas ela. Não se tinha bem decidido sobre o que quereria pintar, mas já tinha decidido que não era o momento para essas decisões. Uma vida inteira pela frente dar-lhe-ia todo o tempo que necessitava para isso, tinha sido o seu pensamento alguns dias atrás.
Sofia era assim, gostava de pensar decisões e grandes medidas para o futuro, mas não sabia respeitar as suas decisões anteriores. Assim, a única grande decisão que seguia era evitar os longos planos e focar-se mais no momento. Ao menos, pensava, respeitava-se a si própria e não punha coisas na cabeça sabendo que dali não sairia realmente nada. A seu favor, as suas experiências passadas, grande sol mas de pouca dura.
Não trabalhava, porque nunca disso sentira necessidade. Sempre esperara qualquer conversa mais séria dos pais, mas como esta nunca tinha chegado nem iria chegar tão depressa, aproveitava para perseguir o que realmente queria fazer. Acreditava que a vida ainda era muito longa do seu ponto de vista mas também que era demasiado curta para ser deitada fora.
Sofia estava assim, confusa. Não sabia o que se era queria estar a fazer dali a dez anos, mas sabia que agora gostava de pintar e imaginava-se pintora, dali a dez anos. O futuro assustava-a e por isso estava sempre mais ligada ao presente. Gostava de viajar, de ouvir música para relaxar, de um bom jazz ou soul. Mas não se fazia esquisita com outras coisas. Gostava que lhe fizessem surpresas, de dar boas gargalhadas e de passear, simplesmente, à conversa com alguém ou entretida consigo mesma. Mas gostava sobretudo nesses passeios de encontrar paisagens ao seu gosto, que a fizessem sentir um impulso de as tentar reproduzir, que a levassem a ir buscar as suas telas e tralhas e pintá-las à sua maneira, com o seu toque. Ultimamente, porém, sentia-se mais ousada, dadas as opiniões positivas que tinha recebido e por ter conseguido aumentar a sua confiança em si própria sem saber explicar bem porquê.
Sofia andava assim, à procura da tal paisagem que lhe despoletasse o impulso que queria. Enquanto não a encontrava, ia-se preparando. Tanto nos materiais, como na sua cabeça. Queria acreditar que tudo estava bem e que desta vez ia realmente afastar a vulgaridade que via nas outras telas que já tinha pintado.
Daí que o simples olhar para uma montra, para um simples pincel a tivesse deixado perdida nos seus pensamentos. A tela que imaginava, embora não a imaginasse ainda, obrigava-a a isso, a considerar cada pequeno pormenor que normalmente parecer-lhe-ia irrisório. O que lhe parecia ridículo e em certos momentos a fazia rir.
Seguiu, portanto, o seu caminho. Tinha acabado de vir da esplanada costumeira, onde lhe agradava imenso apanhar o sol que aparecia nas tardes de Verão e deixar o tempo passar acompanhado de conversetas que pouco interessavam no dia seguinte. Estava quase na hora marcada, e embora raramente ligasse ao relógio, tinha combinado um jantar em sua casa.

A maçã

Não poderia ser, com certeza, um amargo limão. Terá de ser a verdinha maçã, bem apetitosa.
Uma máscara. Resume-se a isso a existência. A escravatura moderna engana-nos a todos, levando-nos a opções mal pensadas, se a tanto chega, e nos leva a crer que é realmente o nosso desejo. Será?
Iguais a tantos outros, por ou para não nos conhecer-mos a nós próprios. Recorremos a lugares comuns para melhor nos inserirmos. Remete-se o espírito a um nada por acreditar que nada é.

O valor tem de vir do interior e daí ser representado, não se pode receber levemente. O valor recebido é vazio, é falso, limita o espírito à máscara e não desenvolve nem realiza o que se esconde por trás dela. Acredito que qualquer interrogação afasta a idéia que nós somos, na totalidade, a máscara, mas a primeira questão terá de ser mesmo essa, a sua existência. Sobretudo, onde começamos nós e onde começam os outros em nós. Recordar os nossos próprios valores e pô-los em contraponto com aqueles que interiorizámos, sem sequer parar um momento para pensar o que nos era dado. Simplesmente porque o valor verdadeiro, universal na correcção, não existe, cada um tem de achar os seus e guiar-se por eles, tanto quanto socialmente possível. O valor tem de representar o espírito e a consciência da pessoa.

Mas a própria vida exige a existência da maçã, por mínima que seja. Tem de ser habilmente colocada e cuidadamente tratada, criando a aparência de igualdade relativa à dos outros. Um ligeiro descuido e ela deixa de existir. Com outro diferente ela tornar-se-á maior que nós.
O ser humano é como que fragmentado, forçado a várias perspectivas no seu interior e exterior. Ninguém pode ser completamente honesto, sendo-o com os outros, não o é consigo próprio. Depende do tamanho da maçã e, sobretudo, do nosso.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Liberdade, Igualdade, Fraternidade

Se todas as pessoas são iguais porque é que um Chefe de Estado tem regalias e diferentes tratamentos em visitas além-fronteiras...
porque é que existe a classe operária, o patronato, a classe política, a classe estudantil?
porque é que existem classes no pagamento de impostos.. e discriminação positiva? e porque é que nos preocupamos mais com pessoas que conhecemos? E seguidamente da mesma localidade, país, região... A pessoa do outro lado do mundo é assim tão diferente?
Porque é que posso dizer simplesmente que não gosto seja de qual for o objecto ou o animal... posso até pôr-lhe um preço e pagar mais por este do que por aquele.. Mas não se pode fazer o mesmo com pessoas? Porque não posso dizer que não gosto de toda uma região, raça, cor, grupo, país e tratá-los consoante o meu gosto tendo poder para o fazer? Posso fazer todo um jardim com árvores do tipo que desejar, mas não posso ter um espaço só com trabalhadores masculinos? Posso vestir a roupa que bem me apetecer, mas não me posso despir de toda ela? Posso-me casar com uma mulher, mas não com um homem? Um diplomata pode bater em alguém, mas eu não? Somos assim tão diferentes, eu e ele?
Eu não me sinto livre para fazer o que quiser. Não me sinto igual a todos os outros.
E se todos os seres são animais, porque é proibitivo falar de raças humanas, mas podemos escolher cães consoante a raça que mais nos agradar? Se todo o conhecimento é livre, porque não posso aceder à sua totalidade? Porque é que no lado de lá de uma faixa imaginária posso fazer certas coisas que aqui posso? Eles podem. Eu não. Para eles sou diferente. Não somos todos iguais? Todos humanos?
Porque é que tudo na Natureza tem classes, tipos, etiquetas, grupos, atribuídos e separados por humanos, mas a própria raça humana assente no ideal de igualdade faz com que seja o dinheiro a definir essas classes?
A electricidade é um bem renovável.. Não é escasso... Porque é que não posso deixar acesas as luzes que quiser, o tempo que pretender, mas outros podem?
Um animal num espaço delimitado, dentro de uma sociedade.. é um animal livre? Pode haver liberdade limitada? E a igualdade, pode ser restrita?

Cepticismo

No modelo de observação científica, o cepticismo é base. A discordância, a crítica e auto-crítica obrigam a um olhar desconfiado sobre o que nos rodeia e sobre nós próprios, em ordem à compreensão e por vezes à rejeição.

Mas se a felicidade humana é guiada pela confiança, só resta o desespero de não acreditar em nada antes de ser rigorosamente analisado e adaptado aos nossos próprios processos mentais. O calculismo. É no fundo uma opção, entre afastar o que é tradicional, o que nos é oferecido como certo e o que nos permite compreender melhor, ou pelo menos oferece essa ilusão. Uma opção entre ser parte do rebanho e estar isolado deste. Contudo, se o rebanho prova ser boa opção para os seus membros, apesar do seu fraco estímulo, o isolamento, provavelmente, não o será. O estímulo do intelecto não e tudo, a luta constante sem fim próximo acaba por desanimar e faz com que se revejam as escolhas feitas.

No exemplo da fé, um crente levado a aceitar o destino divinamente concedido aceita em paralelo que não possui o controlo da sua vida. Tenta, por isso, tirar o melhor de cada momento, sabendo que este era inevitável e que não o poderia mudar. Aceita, simplesmente, o que lhe é dado à partida. Ainda que os acontecimentos sejam infelizes, se não está ao alcance dele mudá-los, as preocupações resumem-se a uma esperança futura.
No pavio do raciocínio, o observador constata que lhe cabe mudar o acontecimento, o que nem sempre lhe é possível - apesar de o tentar, não é omnipotente. Daí a sua desilusão constante, em especial da afectação da sua esperança futura, em que, se minimamente perspicaz, observa que no futuro, o acontecimento que não conseguiu mudar agora terá semelhante desenlace.
Assim, qual o propósito de tentar mudar tudo, de analisar, de criticar? O conhecimento dos processos? Mesmo sabendo que a sua inversão é em muitos casos impossível?

Amplificando o raciocínio: se o observador procurar analisar tudo quanto se lhe depara, decerto descobrirá propósitos da vida humana que dificilmente lhe agradam. Por conseguinte, será levado a criticar muitas situações, não só na sua vida, mas inerentes à personalidade dos seus pares e dos seus actos. Por conseguinte, o desespero e solidão muitas vezes juntos à observação.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Incertezas

O ser humano, na sua natureza, precisa de segurança. A dúvida e a incerteza são obstáculos à mente humana, que se tornam incómodos à vivência diária da pessoa. É a segurança, frequentemente de braço dado com a ignorância, que permite o caminho para a felicidade.

Um instituto como o casamento é bom exemplo disso. Diverso dos romances sem o acto simbólico da aliança, diverso da incerteza do dia seguinte, a necessidade de salvaguardar a relação a dois tornou-o imperativo, criando a monotonia, sim, mas aquela que permite afastar do pensamento a dúvida do amanhã. Um acto simbólico, sim, mas a falsa sensação de segurança que transmite permite, num engodo à mente, acreditar que amanhã tudo estará como hoje e que a noite, afinal, não será muito longa.
A ânsia de um qualquer acontecimento futuro, o questionar sobre determinado resultado, não traz a tranquilidade necessária à mente, levando a impertinentes questões que teimam em resistir aos determinados impulsos de a afastar.

Onde estaria a pessoa sem o tempo, que permite controlar qualquer acto e marcar qualquer coisa com a certeza que "daqui não passa". Sem o dinheiro, que nos permite saber a nossa situação na vida, o que podemos fazer e, com toda a certeza, não fazer. Sem uma noção de propriedade, que delimita bem o que é meu e amanhã continuará a ser.
Se o azul amanhã passasse a amarelo e já não pudesse estar como estou ou onde estou bem hoje.

Nervos à flor da pele, insónias constantes, dilemas que controlam forçadamente o pensamento.

Frequentemente ouço e leio como a felicidade é proporcionada pela contemplação de coisas simples. O passar de um rio. A formação de nuvens. O baloiçar de um ramo ao vento. A compreensão destas simples coisas não deixa espaço à dúvida.

Se o conceito de coisas simples se tornar mais amplo, alargando-se ao quotidiano da pessoa, o caminho torna-se perigoso. Afastem-se as insónias e os pensamentos inconclusivos e o fim será, certamente, mais feliz. É simples, basta delimitar o espaço de acção de cada um, fazer com que seja bem seguro e afastar mudanças indesejáveis à partida. Eu estou bem, o meu vizinho também. Deixam de existir problemas, e quem não seria feliz sem quaisquer problemas? Mas a que preço? Será a liberdade o preço a pagar pela felicidade? Se dia após dia formos levados a actuar de forma rotineira e simplificada, sem questionar o que nos rodeia e o que nos é dado como certo, não perdemos o controlo da nossa vida?

Minhas ricas dúvidas.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Nomodinâmica

Destrói, dissolve, consome, corrói. Esbate, desbota. Liquida, arrasa, queima. Estraga.
Tudo se vai. Não interessa cor, formato, forma, feitio. Se é caro ou barato. No fim nós e mais nada. Bem diz o sábio a bem de quem o ouve. A sabedoria é perpétua, mas feia e desinteressante. Nem brilha nem é nova, quanto mais usada melhor, condenada a desbotar. Não tem cor nem causa espanto.
Será de propósito? Os espectadores são os mesmos. Vêem os que não resultam os que não se resolvem, folha perene e folha caduca. A receita é a primeira, polvilhada com ingenuidade, cozida em lume brando.
Só chateia. Mais a inconsequência fugaz que a desilusão constante. Que não destrói. Constrói e habitua. Mas o hábito devia ser o primeiro a partir. O segundo a esperança (lá dizia Nietzsche). Assim já não chateia.
No fim, ficamos cá nós. Os votantes. Folha perene menos verde.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Existencial

A qualquer pessoa que se pergunte o sentimento fundamental, pensa imediatamente no mesmo que nós. Pensa naquele que comanda a vida, leva a buscas incessantes, buscas por vir e buscas com presunção de sucesso. Aquele que acaba com as buscas e com as perguntas irrelevantes do alto da sua primazia. "O" sentimento. O que leva a emoções efémeras e a suspiros e entusiasmos e apaga todos os pares, o que se torna essencial, sempre do lado da procura, oposto ao da amargura.

O Amor, digno de maiúsculas entre minúsculas, de relevo para os que o têm e para os que não o têm.
O que tolda a percepção, distorce pensamentos e afecta vontades.

Mas o que o faz assim? O que o faz soberano e lhe dá o poder de comandar mentes, por maior resistência que lhe ofereçam?

Não é meio para grandes feitos, senão para lendas e mitos transmitidas entre os tempos, independentemente da veracidade que lhes assista. Tantos ícones na sociedade histórica, tão poucos associados ao sentimento.
Entre humanos, não se premeia o amor. Entre humanos, destacam-se qualidades e possibilidades físicas, capacidades intelectuais que provocam evoluções, revoluções e paixões, visões artísticas até que a todos tocam e apelam ao sentimento reservado. Mas mesmo estas vêm da uma racionalidade de uma observação, não uma emoção exacerbada. O que preenche a "tabula rasa" é a sensação, mas o sentimento último não acelera em nada o processo cognitivo.
É o amor o fim último? O prémio às procuras que o têm por objecto? O verdadeiro propósito humano?
O amor preenche o âmago do ser. Dissolve amargas questões existenciais que circundam e incomodam o intelecto, que nos acompanham aqui, ali e acolá em qualquer meio minuto disponível para o assalto. Faz-nos sentir verdadeira proximidade não com apenas um ser humano, mas com todos, compreender melhor o ser enquanto ser, a sensação enquanto sensação e não o reflexo racional. Faz-nos interiorizar a beleza que nos rodeia e apreciar melhor a verdadeira simplicidade das coisas. Não será isso a felicidade? O amor é, no fundo, um guia, que nos leva e vai levando, mas o seu melhor truque é afugentar os porquês. Os insípidos, desesperantes e incomodativos porquês que apagam o brilho que temos connosco, as felicidades dos momentos passados e ainda por vir.

Barrow-on-Furness

Não sendo intenção inicial, achei por bem pôr aqui. Porque ele merece. E porque é "co-fundador" do blog. De espírito, pelo menos.

Deuses, forças, almas de ciência ou fé,
Eh! Tanta explicação que nada explica!
Estou sentado no cais, numa barrica,
E não compreendo mais do que de pé.
Por que o havia de compreender?
Pois sim, mas também por que o não havia?
Água do rio, correndo suja e fria,
Eu passo como tu, sem mais valer...
Ó universo, novelo emaranhado,
Que paciência de dedos de quem pensa
Em outras cousa te põe separado?
Deixa de ser novelo o que nos fica...
A que brincar? Ao amor?, à indif'rença?
Por mim, só me levanto da barrica.

Conclusão a sucata!... Fiz o cálculo,
Saiu-me certo, fui elogiado...
Meu coração é um enorme estrado
Onde se expõe um pequeno animálculo...
A, microscópio de desilusões
Findei, prolixo nas minúcias fúteis...
Minhas conclusões práticas, inúteis...
Minhas conclusões teóricas, confusões...
Que teorias há para quem sente
O cérebro quebrar-se, como um dente
Dum pente de mendigo que emigrou?
Fecho o caderno dos apontamentos
E faço riscos moles e cinzentos
Nas costas do envelope do que sou...

Barrow-on-Furness
de Álvaro de Campos (excerto)

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Providência cautelar

Era o que apetecia interpôr à AdC, por isto! Que, no meio de tanta providência, não revela providência nenhuma!
Uma borlinha da ZON, que poderia perfeitamente espevitar a concorrência do mercado, que para a pessoa comum não mostra inovações nenhumas, e nem um mês durou. O fundamento da AdC neste caso é, nas próprias palavras, "o prosseguimento do maior benefício para os consumidores". Sem dúvida, agora estamos todos muito melhor.
A Medeia Filmes em vez de fazer a queixinha bem podia ter arranjado promoção semelhante como resposta, provavelmente as suas salas teriam bem mais afluência. E o King card, não conta, não tem como "objecto ou como efeito impedir, falsear ou restringir a concorrência"?
Mas a culpa, no fundo, é da ZON Lusomundo e dos seus planos recônditos de domínio global camuflados pelo espírito natalíco. Oferecer bilhetes, que coisa da República das Bananas!

O insurgente acaba de ter mais um a seguir a iniciativa... Podem não ser 60 bilhetes por ano, mas eu tenho amigos.

"Mission statement"

Este é um blog em construção, que tem por objectivos:
01.Conseguir mais intervenientes.
02. Ser formidável.
03. Ter mais qualidade que a TVI.

A este momento, já conseguimos pelo menos o terceiro.